Oi! Como estão?
Este post marca a
estreia do Legado das Palavras em
2016. Como das outras vezes, algumas feitas em outros blogs, gosto bastante de
criar uma lista com os melhores filmes que eu assisti — e foram lançados — no
ano em questão. No caso, 2015.
A lista carece de
filmes com grande potencial, mas que, infelizmente, não consegui assistir
ainda. Os filmes, listados abaixo, não seguem na ordem de preferência, em suma são dez filmes que você precisa assistir. E vale
ressaltar: não sou crítico de cinema tampouco um grande entendedor da arte —
embora esteja buscando sempre adquirir maior conhecimento sobre ela.
A lista é, portanto,
uma maneira de conversar com os leitores sobre as obras cinematográficas que
mereceram destaque aqui. Talvez vocês também tenham suas listas, então, não
hesitem, e as coloquem nos comentários.
Sem mais delongas,
vamos ao que interessa:
Star Wars: O
Despertar da Força
Divertido e
nostálgico. Homenageou e respeitou os antecessores, mas mais que isso, ainda
conseguiu dar fôlego à nova trilogia e me deixar muito ansioso pelos próximos.
Possui o seus problemas, alguns em relação ao roteiro, mas que não afetaram a
minha experiência com o longa. O saldo positivo foi muito maior.
Nos últimos anos,
tive a felicidade de assistir ótimos filmes de faroeste. Dentre eles posso
citar Django Livre, A Salvação, O Vale
Sombrio. Em 2015, tivemos outros três ótimos nomes para incluir nessa
lista: Bone Tomahawk, um faroeste com
canibais, o brilhante Os Oito Odiados, e
o nono lugar da lista: Slow West. Dono
de uma fotografia e diálogos maravilhosos, conta com um roteiro excelente e as
atuações ótimas de Michael Fassbender
e Kodi Smit-McPhee. Além disso tudo,
o final é incrível.
Corrente do Mal
Desde suas primeiras
exibições mundo afora, angariou muitos fãs e críticas positivas, mas também
houve que não gostou. Depois de assistir pela segunda vez, me rendi ao filme e
a sua inovação no gênero. Embora o roteiro tenha deslizes, a premissa é
criativa. Destaque para o prólogo, uma introdução assustadora, que trabalha com
o medo do que não é visto. Conta também com ótima fotografia e trilha sonora.
Divertida Mente
A Pixar, após certo
tempo em uma baixa nem tão baixa assim, nos brindou com Divertida Mente. Um filme sobre memórias e as emoções que as
comandam. Um roteiro brilhante que conversa com os adultos, talvez, mais que
com as crianças. Ainda assim, o publico infantil fica apaixonado pelos
personagens e a animação em si. Uma das animações mais recentes que quase me
fez chorar, e olha que as únicas que conseguiram me arrancar algumas lágrimas
foram Túmulo dos Vagalumes e Mary e Max.
Sicario — Terra
de Ninguém
Sicario
tinha
tudo para ser apenas mais um filme sobre os cartéis mexicanos e passar
despercebido, sem alarde. Tinha até mesmo o roteiro: ora fraco e inconsistente,
ora previsível. Apresenta uma subtrama que pouco contribuiu para a narrativa e
o seu desfecho tampouco apresentou o clímax, talvez, imaginado pelo
roteirista. O que o torna tão bom é a
direção de Denis Villeneuve. Ele
extrai o máximo que consegue do roteiro, eu diria que até ajuda a torná-lo
melhor. O filme é sufocante, chocante, brutal, mas tudo isso é construído pela
direção densa de Villeneuve. Apesar de ter poucos filmes no currículo, é justo
dizer que o diretor canadense é um dos atuais mestres do suspense.
Que Horas Ela
Volta?
Um filme sensível. Conta
com a atuação impecável da atriz Regina Casé, mas não apenas isso. O filme
explora a distinção entre as classes sociais brasileiras, mostra como, nos
últimos anos, as filhas de empregadas possuem as mesmas oportunidades que os
filhos dos patrões.
Um espelho da nossa
sociedade. Pode soar irritante o modo como a Jéssica age, no entanto, isso quer
mostrar que os tempos mudaram. Que muitas Jéssicas em nosso Brasil não abaixam
mais a cabeça para preconceitos ou pensamentos negativos. Ela representa os jovens
pobres que agora possuem uma chance de crescer, e que não se deixam intimidar,
antes os desafios ou membros de outras classes.
Que Horas Ela Volta? faz
a gente enxergar tantas pessoas representadas em seus personagens, emociona,
revolta, mas não deixa de dar um fôlego de esperança.
Os Oitos Odiados
Quentin Tarantino arrisca
novamente no gênero faroeste e acerta. Como de costume, a direção é ótima,
aliada a um belo roteiro. Os diálogos caminham de maneira incrível entre o
cômico e o suspense, a tensão. Aliás, filme esse, que possui boa parte
construída apenas em diálogos. Além disso, existem as marcas já registradas do
diretor. Os Oito Odiados também discute
em suas entrelinhas o racismo e a misoginia de maneira incrível.
Samuel L. Jackson e
Jennifer Jason Leigh roubam a cena dos demais atores, principalmente essa
última. Ela vive mais uma das fortes personagens femininas de Tarantino.
Ex-Machina
O filme é a estreia
de Alex Garland (roteirista de Extermínio e Não Me Abandone Jamais) na direção.
Os ótimos efeitos especiais, são
ofuscados pelo roteiro interessante que explora diversas situações envolvendo o
avanço da inteligência artificial, imergindo o espectador na história,
fazendo-nos acompanhar, atento, o desenrolar incrível que o Ex-Machina tem. Um
thriller psicológico e também filosófico, embora este último item já tenha sido
exaustivamente explorado em outras obras.
Sem dúvidas um dos
grandes filmes de 2015, e conta com um time de poucos atores, mas que conseguem
conduzir a trama sem deslizes, destacando a atriz Alicia Vikander, numa das
melhores atuações do ano.
Beasts Of No
Nation
Se você já assistiu a
primeira temporada de True Detective, inteiramente dirigida por Cary Fukunaga,
sabe a habilidade e o talento que esse diretor tem. Ainda que auxiliado por um
ótimo roteiro e atuações brilhantes, ele conseguiu impor sua marca e gravar o
seu nome ao dirigir uma das melhores séries da última década.
Fukunaga foi o
escolhido para conduzir o primeiro filme original da Netflix, e o brilhantismo
continua o mesmo. Uma direção absurda, com direito a um plano sequência
excelente, aliada a uma fotografia que explora e conduzem o espectador durante
as sequências do filme. Se Sicario foi salvo pela ótima direção, Beasts of No
Nation foi elevado ao outro patamar graças a ela.
Um filme brutal que
mostra a ótica de uma criança ante os horrores da guerra. É a estreia do ator
mirim Abraham Attah, sequer lembrado em prêmios importantes, mas que entrega
uma atuação excelente. Além dele, contamos com a atuação magistral de Idris
Elba, que, também, sequer recebeu uma indicação
nos prêmios mais famosos. Um dos melhores atores dessa geração que,
grotescamente, é atingido pelo preconceito da indústria — ainda bem que não da
arte.
Mad Max: Estrada
da Fúria
Furiosa.
Menções Honrosas:
- Dope
- Turbo Kid